Fundo Internacional para a Diversidade Cultural da UNESCO financia projetos

O Fundo Internacional para a Diversidade Cultural da UNESCO, financia projetos que promovam a emergência de um setor cultural dinâmico em nível nacional e/ou local em países em desenvolvimento. ONGs podem solicitar até cem mil dólares.

Em 21 de março de 2013 o FIDC lançou a quarta convocatória de solicitações de financiamento para projetos e de assistência preparatória que tenham por objetivo propiciar a criação de um setor cultural dinâmico nacional ou local, principalmente que facilitem a introdução de novas politicas culturais e que reforcem aquelas existentes.

Podem participar as autoridades governamentais e ongs de países de desenvolvimento que sejam partes da Convenção de 2005 sobre a Proteção e Promoção da Diversidade das Expressões Culturais como as ONG internacionais.

Nesta quarta convocatória vai prestar uma atenção especial aos projetos que tenham como objetivo o fortalecimento das capacidades das políticas culturais, entendidas como aquelas politicas desenhadas para ter um efeito direto na criação, produção, difusão, distribuição e acesso as atividades, bens e serviços culturais.

Mais informações:

http://www.unesco.org/new/es/culture/themes/cultural-diversity/diversity-of-cultural-expressions/international-fund/

 

Fundo Nacional de Solidariedade

Para se inscrever e concorrer à seleção, os projetos devem contemplar pelo menos um dos eixos propostos: Formação e capacitação, mobilização para conquista e efetivação de direitos ou superação de vulnerabilidade econômica e geração de renda.

Podem participar da seleção grupos organizados, coletivos, associações, pastorais, igrejas locais, entidades de apoio a movimentos sociais que estejam habilitadas a trabalhar com as temáticas proposta na CF 2013 – Fraternidade e Juventude – com o recorte de atuação junto às juventudes empobrecidas.

As organizações devem enviar os projetos para análise para os endereços eletrônicos: fns@caritas.org.br eprojetos@caritas.org.br. Também é preciso enviar uma cópia impressa e assinada do projeto, via Correios, até 15 dias corridos anteriores às datas das reuniões do Conselho Gestor, para: FUNDO NACIONAL DE SOLIDARIEDADE – FNS SGAN, Quadra 601, Módulo F CEP: 70.830-010, Asa Norte, Brasília/DF.

Os valores máximos para projetos apoiados pelo Fundo Nacional de Solidariedade seguem a seguinte margem:

Projetos de âmbito local/comunitários: até R$ 10.000,00;

Projetos de âmbito diocesano: até R$ 20.000,00;

Projetos de âmbito de um regional da CNBB ou de um Estado: até R$ 35.000,00;

Projetos de âmbito nacional: até R$ 50.000,00.

Edital completo:

http://caritas.org.br/novo/fundo-nacional-de-solidariedade-2013/

Natura seleciona projetos artísticos

Revelar a alma brasileira

Promover nossas raízes

Estimular o diálogo entre ritmos

Difundir a música que toca e que se transforma

 

Se você tem um projeto inédito, que valorize a música brasileira, participe do programa que já apoiou mais de 200 iniciativas por todo o país. Serão aceitos projetos das diferentes áreas artísticas, desde que tenham a música como eixo principal. Devido a um Termo de Cooperação entre nós e o Ministério da Cultura, não é mais necessária a aprovação na Lei Rouanet ou Lei do Audiovisual no momento de inscrição no edital.  

Inscrições: de 21 de maio a 28 de junho de 2013

 

PARTICIPE!

 1) Leia o Regulamento.

 2) INSCREVA-SE: clique em dos Formulários de Inscrição abaixo, de acordo com a modalidade do seu projeto:

 Lançamento de Novos Trabalhos

Formação, Documentação e Legado Musical

 3) Baixe, preencha e anexe o modelo de Planilha de Orçamento.

 

Inscrições abertas para o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz/2013

A Fundação Nacional de Artes – Funarte está com inscrições abertas para um de seus mais importantes editais na área de artes cênicas: o Prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz. Com investimento total de R$ 10 milhões, a edição deste ano vai contemplar 108 projetos em duas modalidades:  “Circulação” e  “Montagem de Espetáculos ou Manutenção de Atividades Teatrais de Grupos e Companhias”. As premiações variam de R$ 50 mil a R$ 100 mil, para todas as regiões do país.  O objetivo é fomentar o desenvolvimento de atividades teatrais, incentivando a criação e a circulação de espetáculos, além de contribuir para a manutenção de grupos e companhias. A portaria que institui o Prêmio foi publicada no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira, em 17 de maio de 2013.

Podem concorrer pessoas jurídicas, tais como produtoras artísticas, companhias ou grupos de todo o país. As inscrições somente poderão ser feitas pela internet, na plataforma SalicWeb. Para isso, os proponentes devem acessar o link http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/. Quem não é cadastrado deve, primeiramente, selecionar a opção “NÃO SOU CADASTRADO”  e preencher a ficha cadastral. Em seguida, deve acessar o link de inscrição. No momento de escolher em qual edital vai se inscrever, o proponente deve selecionar a opção Editais de Premiação. Então, será possível visualizar os editais em aberto e optar pelo que receberá a proposta.

Acesse aqui o edital, o manual de inscrição e demais documentos

Mais informações:
Coordenação de Teatro
Centro de Artes Cênicas da Funarte
teatro@funarte.gov.br.

Por uma cultura de doação permanente da pessoa física

Joana Lee*

Vivemos um momento histórico no país em que a classe média está ultrapassando 50% da população. No entanto, segundo pesquisa promovida pela Child Fund Brasil em 2010, apenas 9% da população era doadora (1) . E, no ano seguinte, um estudo comparativo sobre doações de indivíduos elaborado pela Charities Aid Foundation indicou que o Brasil era o 85o dentre os 153 países analisados.(2)

O que observamos é um processo de enriquecimento da população, mas com baixo envolvimento com o financiamento do terceiro setor, sobretudo se assumirmos que, historicamente, boa parte destes 17 milhões de doadores contribui para a entidade religiosa local. Assim, existe hoje um enorme potencial para se que se forme, no Brasil, uma grande massa de investidores sociais.

O pesquisador Marcelo Estraviz faz uma reflexão simples e interessante sobre a cultura do doador brasileiro, contando que, ao pesquisar a palavra “doação” no Google Imagens, as primeiras imagens que aparecem são de ajuda, mas não de dinheiro(3). Já a mesma pesquisa com a versão em inglês, “donation”, mostra cofres em formato de porquinho, mãos estendidas, notas de dinheiro.

Isto posto, o que precisamos fazer, então, para termos uma população 75% doadora de dinheiro? Muito tenho ouvido sobre a necessidade de o país de ter incentivos fiscais para doadores individuais, da mesma forma que existem leis de incentivo e renúncia fiscal que beneficiam as empresas. Nada contra. Será muito bem-vindo. Pergunto-me, no entanto, se não há uma necessidade de um movimento mais ativo de mudança da cultura do cidadão brasileiro.

Existem organizações sem fins lucrativos olhando para a forma como as empresas fazem a gestão de seus negócios, a exemplo do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, e como elas praticam seus investimentos sociais, como o Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (GIFE). Outros estão olhando para o indivíduo e as famílias investidoras, como o Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS) e o Instituto Azzi. Mas quem está olhando para os mais de 90 milhões de brasileiros de classe média?

Estou convicta de que eles merecem um olhar mais demorado e justifico. Entre 1995 e 2002 o setor sem fins lucrativos cresceu 71%. São cerca de 300 mil organizações, representando 5% do Produto Interno Bruto, uma “indústria” maior do que a de 22 estados brasileiros(4) . Uma indústria que está em crise de imagem, que não mais conta com a ajuda de financiamento externo, fruto da crise europeia e do próprio enriquecimento nacional. Que busca se profissionalizar e que é criticada por investir dinheiro em atividades meio. Por fim, uma indústria que emprega milhões de reais investidos pelo poder público, em sua grande forma feita por convênios, instrumentos cuja origem legal é a relação entre entes públicos e que, portanto, é extremamente engessada.

Agora, imaginemos uma nova cultura em que 140 milhões de brasileiros, somando as classes A, B e C, doassem R$ 20,00 por mês para financiar o terceiro setor. Seriam R$ 2,8 bilhões em dinheiro livre e criativo. Amém.

(1) Pesquisa realizada em parceria com a RGarber analisando dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2003-2009 e dados preliminares do Censo 2010 do IBGE.
(2)
(3) “Fundos Patrimoniais: Criação e Gestão no Brasil”, Marcos Kissil, etc., Zeppelini Editorial, 2012, pg. 68.
(4) “Tendências do Investimento Social Privado na América Latina”, Helena Monteiro, Marcos Kisil e Márcia K. Woods, Imprensa Oficial, 2012.

 

* Joana Lee Ribeiro Mortari é responsável pelo Desenvolvimento Institucional da Associação Acorde, organização social que trabalha pelo desenvolvimento humano de crianças e jovens em Embu das Artes (SP), por meio de oficinas de arte e esporte.

Fonte: GIFE